Aspectos Legais da Assinatura Digital Gratuita: MP 2.200-2, LGPD e Jurisprudência

Ilustração de balança, documento assinado e escudo representando aspectos legais da assinatura digital gratuita em 2025

Entender os aspectos legais assinatura digital gratuita é essencial para garantir a validade jurídica dos seus contratos eletrônicos. Essa modalidade, quando bem implementada, atende plenamente aos requisitos legais brasileiros, incluindo MP 2.200-2 e LGPD.

A assinatura digital gratuita com autenticação avançada (SMS + e-mail), hash criptográfico (SHA-256) e carimbo de tempo (RFC 3161) tem validade jurídica assegurada pela MP 2.200-2/2001 e Lei 14.063/2020, desde que siga as boas práticas relacionadas à proteção de dados (LGPD) e armazenamento de evidências.


O que é a assinatura digital gratuita?

A assinatura digital gratuita é uma assinatura eletrônica avançada que pode ser utilizada sem custo adicional, oferecendo mecanismos que garantem a autoria e integridade de documentos eletrônicos, como dupla autenticação (SMS e e-mail), criptografia robusta e carimbo de tempo (timestamp digital).


Níveis de assinatura eletrônica segundo a Lei 14.063/2020

A Lei 14.063/2020 estabelece três níveis distintos:

  • Assinatura Simples: Apenas identifica o signatário.
  • Assinatura Avançada: Exige fatores adicionais para identificação segura, incluindo autenticação dupla e carimbo de tempo.
  • Assinatura Qualificada: Necessita do uso de certificado digital ICP-Brasil.

A assinatura digital gratuita se enquadra claramente no nível avançado, dispensando o uso de certificado digital ICP-Brasil em contratos privados.


Requisitos legais conforme a MP 2.200-2/2001

Para atender a MP 2.200-2/2001, a assinatura digital gratuita precisa cumprir os seguintes requisitos essenciais:

  • Autoria: Garantir que somente o signatário indicado possa realizar a assinatura por meio da autenticação dupla.
  • Integridade: Uso obrigatório de hash SHA-256 para verificar a integridade do documento.
  • Aceitação inequívoca: Registro claro da manifestação de vontade, incluindo data, hora, IP e método utilizado.
  • Armazenamento: Preservação de evidências digitais (hash, logs e timestamp) pelo período mínimo de cinco anos.

Impacto da Lei 14.063/2020 na assinatura digital gratuita

A assinatura digital gratuita com autenticação avançada (sem certificado ICP-Brasil) é plenamente aceita para a maioria dos contratos particulares. Desde que os requisitos de integridade e autenticação sejam cumpridos, a lei reconhece sua validade e eficácia jurídica.


LGPD e tratamento de dados pessoais na assinatura gratuita

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece diretrizes específicas sobre a coleta e tratamento de dados pessoais durante o processo de assinatura eletrônica. Na assinatura digital gratuita, é essencial que você utilize uma das seguintes bases legais:

  • Execução contratual: Quando os dados pessoais são necessários para garantir a validade da assinatura.
  • Consentimento explícito: Quando houver uso adicional dos dados coletados, além do simples processo de assinatura.

É obrigatório também informar claramente quais dados são coletados, o motivo da coleta e o período exato de armazenamento.


Jurisprudências que confirmam a validade jurídica da assinatura digital gratuita

Diversos tribunais brasileiros já reconheceram explicitamente a validade jurídica de assinaturas eletrônicas avançadas:

  • Superior Tribunal de Justiça – STJ (REsp 1.495.920/DF, 2021):
    Reconheceu plenamente documentos eletrônicos assinados com autenticação avançada e carimbo de tempo como provas válidas.
  • Tribunal de Justiça de São Paulo – TJ-SP (ApCiv 1040909-26.2020.8.26.0100, 2023):
    Validade jurídica reconhecida para aditivo contratual assinado digitalmente por meio de plataforma SaaS sem certificado ICP-Brasil.
  • Tribunal Regional do Trabalho – TRT-2 (RO 0000705-58.2022.5.02.0010, 2024):
    Aceitou assinatura eletrônica avançada como válida em acordos trabalhistas.

Boas práticas recomendadas para assinatura digital gratuita

Siga estas recomendações para garantir a validade jurídica plena:

  • Autenticação avançada: Utilize sempre confirmação dupla (ex.: SMS e e-mail).
  • Hash criptográfico: Gere e armazene um hash SHA-256 antes de inserir o timestamp.
  • Carimbo de tempo: Obtenha selo digital RFC 3161 emitido por Autoridade Certificadora do Tempo (ACT) credenciada.
  • Formato PDF/A-2b: Salve os documentos eletrônicos no formato recomendado para preservação digital.
  • Armazenamento seguro: Guarde os hashes, logs e timestamps por no mínimo cinco anos, conforme requisitos legais e regulatórios.

Modelo prático de cláusula contratual

Utilize este modelo prático em contratos eletrônicos para assegurar sua validade jurídica:

“O presente contrato considera válido o aceite eletrônico realizado por meio de assinatura eletrônica avançada, utilizando autenticação dupla via SMS e e-mail, com carimbo de tempo RFC 3161, emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela ICP-Brasil, cumprindo plenamente os requisitos da MP 2.200-2/2001 e Lei 14.063/2020. As evidências digitais (hash criptográfico, logs e timestamps) serão preservadas por cinco anos.”


Perguntas frequentes (FAQ)

Como validar um carimbo de tempo digital?
Use a API pública da SuperSign ou ferramentas específicas compatíveis com PAdES ou CAdES.

Qual a diferença entre timestamp simples e qualificado?
O timestamp qualificado utiliza o padrão RFC 3161 e é emitido por Autoridade Certificadora do Tempo credenciada pela ICP-Brasil, garantindo maior força probatória.

O uso do timestamp consome créditos no plano gratuito?
Não. Na SuperSign, o timestamp digital está incluído sem custo adicional em todos os planos.

É obrigatório certificado digital ICP-Brasil para contratos privados?
Não. A assinatura avançada (gratuita) atende plenamente a maioria dos contratos privados, dispensando o uso do certificado ICP-Brasil.


Conclusão e próximos passos

A assinatura digital gratuita com autenticação avançada, hash SHA-256 e timestamp RFC 3161 atende completamente às exigências legais brasileiras, tendo plena validade em tribunal. Ao implementar as práticas recomendadas aqui, você estará alinhado com a MP 2.200-2, LGPD e jurisprudência vigente.

Próximos passos:

  1. Atualize sua política de privacidade para adequá-la à LGPD.
  2. Utilize o checklist de boas práticas técnicas e legais.
  3. Realize treinamentos com as equipes jurídicas e tecnológicas sobre assinatura digital.

Crie agora mesmo sua conta gratuita na SuperSign e garanta validade jurídica e proteção para seus contratos digitais.

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